sábado, 14 de janeiro de 2012

Amor correspondido




Escrever sobre algo que você acha que sabe, apesar de nunca ter vivido é uma tarefa difícil. Principalmente quando suas fontes sobre o assunto se restringem as novelas e os filmes românticos (espero que essas fontes possam ter realmente credibilidade) até a observação de casais mais próximos a si. Primeiro quero deixar claro que não estou falando de amor maternal, paternal,  próprio, divino etc. Estou falando do amor 'verdadeiro', aquele entre duas pessoas de sexos diferentes ou iguais, que envolve o amor eros, o fraterno... 
Pois bem, comecei falando que acho que sei o que é amor correspondido, mas nunca vivi de verdade. Geralmente, as pessoas confundem o amor com a paixão. Posso dizer que na minha vida, eu já me apaixonei e fui correspondida, eu já gostei de pessoas que me amaram de verdade, já amei pessoas que  gostavam de mim, enfim... todas essas combinações e variações que se assemelham as acima citada. Porém, a mais bonita e importante de todas, amar e ser amada eu ainda não vivi/senti. Muitos se perguntam: Há diferença entre gostar, se apaixonar e amar? CLARO! E segundo meu ponto de vista, tentarei explicar o que entendo sobre cada uma delas. Para mim, gostar significa o primeiro passo. É o momento em que os dois vão descobrindo juntos as afinidades, vão se conhecendo, tentam mostrar um para o outro o seu lado bom. É como numa entrevista de emprego: você vai com sua melhor roupa, pensa em tudo o que vai falar, exalta seus pontos positivos... enfim, você tenta 'vender seu peixe' e mostrar porque é adequada para aquele 'cargo'. Já a paixão é a parte intermediária. Os dois já se conhecem um pouco e se tornam ainda mais dependentes um do outro. Precisam se ver e falar constantemente, surge uma carência sem limites e que com isso, vai aflorando expectativas e sentimentos. Porém, não podemos esquecer que este é o começo e que a pessoa ainda está motivada para mostrar PRINCIPALMENTE o melhor de si e que não é possível conhecê-la integralmente. É nessa fase que é dado um pontapé: inicial para uma relação mais séria ou na bunda, literalmente. Quando essa carência impulsiva fica mais comedida e mesmo assim a pessoa ainda quer estar junto, quer dizer que chegamos no Amor. Começamos a conhecer os defeitos uns dos outros, a descobrir mais afinidades, a conhecer a intimidade, a fazer planos, a tolerar e abdicar de muitas coisas, de confundir nossos amigos com os dele, a se ver como um só... enfim, ocorre uma sucessão de eventos que, diferentes do que ocorre enquanto estamos apenas apaixonados não são só perfeitos, mas são indispensáveis para solidificar esse sentimento. Quando se ama reciprocamente é possível entender as angústias, os medos, os gestos, as vontades do outro. É possível se entregar e confiar totalmente, querer compartilhar todos os momentos e achar que o tempo sempre passa mais rápido quando se está com a pessoa amada. É sonhar acordado, é ter o coração batendo mais rápido quando a pessoa se aproxima. É ter um brilho nos olhos quando se fala dele(a), um sorriso bobo que é impossível de disfarçar. É quando tudo parece e só faz sentido quando se está junto. Acredito que se todos nós soubéssemos o quanto é bom amar e ser amado, valorizaríamos mais as pessoas e pensaríamos muito bem antes de iludí-las, magoá-las e descartá-las. Eu ainda não vivi/senti essa reciprocidade na prática, mas pela descrição, amar deve ser muito bom!  

2 comentários:

  1. Olá Taci,

    Vc conseguiu descrever basicamente tudo sobre a paixão e o amor, geralmente são mesmo uma confusão de sentimentos que fica difícil qualquer explicação com base na razão. Agora tem um ponto que quero discutir com vc um trecho do seu texto que diz "pensaríamos muito bem antes de iludí-las, magoá-las e descartá-las.", é dificil argumentar a respeito de sentimentos, pois as pessoas os sentem de forma diferente apesar de apresentarem algumas características em comum as vezes. Na minha opinião sobre um relacionamento que está iniciando, é que pode ocorrer um desencontro de fases e de intensidade dos sentimentos da paixão. Vou tentar exemplificar o que estou tentando dizer, pode acontecer de duas pessoas se conhecerem e primeiro uma delas se apaixonar, com isso esta vai tentar conquistar a outra para que os dois compartilhem do mesmo sentimento. Dá para perceber que um já estava apaixonado e portanto está em uma fase da paixão diferente do outro companheiro, a partir daí vão curtir vários sentimentos e sensações maravilhosas. Porém pode ser que o primeiro apaixonado comece a perceber que o sentimento que ele nutria pelo outro está perdendo intensidade, começa o desinteresse e ele percebe que a paixão já não existe mais e que seu sentimento não evoluiu para o amor, já com a outra pessoa pode ocorrer o inverso e a paixão que ela sentia estava sendo transformada em amor. Agora o drama está formado, alguém vai sofrer bastante com tudo isso. Mas será que a pessoa que antes estava apaixonada e este sentimento acabou, podia reverter a situação e forçar seu coração a amar para que a pessoa que o ama não sofra, será que isto seria possível? Será também que ele escolheu deixar de amá-la por conta própria? Eu acho que muitas vezes a pessoa não tem culpa que seu sentimento tenha acabado, se ele era apaixonado e estava feliz assim não seria sensato deixar de gostar por sua própria vontade, são coisas que acontecem. O bom seria que todo casal apaixonado tivesse seus sentimentos transformados em amor eterno e que eles pudessem compartilhar seus sentimentos por toda vida, isso seria maravilhoso, mas infelizmente não é isso que acontece na maioria das vezes.
    Quero agora pedir desculpa por ter escrito demais, não tenho prática de ficar escrevendo e posso não ter conseguido me fazer entender, mas espero não ter escrito besteiras demais e peço perdão pelos possíveis erros de ortografia, concordância, regência, pontuação, etc. Bjss

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    1. Você está certíssimo. Concordo com você! :D
      Obrigada por expor o meu texto por este ângulo.
      Beijos

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